Motonori Nakamura é artista plástico e graduado em Ciências Sociais na Universidade de Tóquio, nasceu na cidade de Fukui em 1949, onde vive na atualidade. Despertou-se para a arte na sua juventude ao se interessar por fotografias e logomarcas, logo surgiu o interesse em aprender a técnica da aquarela. Sua mãe é amante da arte e seu pai foi um “designer” comercial, desenhava cartazes de ruas e mapas de reconstrução após a Segunda Guerra Mundial. Depois de 60 anos Motonori descobriu no sótão da sua casa obras de arte do seu pai, foi uma grande surpresa, porque o artista estava a fazer os mesmos planos de reconstruções depois do terremoto do Leste do Japão e seus incidentes nucleares. As obras, de seu pai, foram relatadas no jornal local, o que tem o motivado a dar continuidade a esta história que abrilhantou diversas ideias.
“Cada paisagem no mundo é única, reflete a cultura, clima, história e a maneira como as pessoas vivem. Por isso é cativante a construção da minha carreira em que eu possa estar a desenhar essas belas paisagens viajando pelo mundo”.
Durante 40 anos Motonori trabalhava como consultor de planejamento urbano e andar pelas cidades era encantador, sua vontade na época de desenhá-las era grande ao ver as lindas paisagens, quando completou 60 anos ele estava envolvido no planejamento e uma delas, era a que foi vítima do terremoto, no Japão(leste) e seus incidentes nucleares de 2011. Os moradores foram forçados a evacuarem em 400 cidades diferentes em todo o território japonês e sem hipótese de voltar para a cidade natal devido ao elevado nível de radiação. Durante esse tempo o artista percebeu o forte desejo das pessoas quererem um dia voltar para suas casas, através da sua habilidade na aquarela deu início às projeções do futuro reviver nestas cidades, com o objetivo de incentivá-las há voltarem um dia.
Motonori sempre foi incentivado por sua família na sua trajetória profissional e como consultor de planejamento urbano se projetou para a carreira artística, tendo grande apoio especialmente da sua esposa Mieko Nakamura que também é artista e que sempre o apoiou em todas as suas decisões.
“Desenho a paisagem esperando realmente que as pessoas se conscientizem para a sua construção, sem desastre, sem guerra e sem aquecimento global e que se preocupem em passar bons exemplos para as próximas gerações”.
“Arte para mim, é desenhar a paisagem e rever a elaboração da cidade, o qual vinha fazendo no meu trabalho anterior. Além disso, é recriar as cidades onde as pessoas vivem, de forma vibrante e cuidando do ecossistema natural e do meio ambiente”.
“É interessante ver como bonito, seguro e atraente a paisagem é para o povo. Por outro lado, coisas como desastre, guerra e aquecimento global são os que a destroem. Espero que todos entendam que a bela paisagem tem sido e continuará a ser formada pelo coração e modo de vida das pessoas que influenciam na preservação e reconstrução de um mundo melhor”.
Sua arte focada na paisagem mostra o quanto à natureza é importante para o ser humano. Sua contribuição como consultor de planejamento urbano foi devolvido às pessoas de vários lugares no Japão, hoje ele mostra para o mundo o quanto devemos preservá-la para as próximas gerações. Seu processo criativo acontece nos mais diversos lugares onde passa, sejam em passeios locais ou mesmo suas viagens mais longas. Há um respeito pelo poeta japonês e artista Buson Yosa e soldado Musashi Miyamoto, e sua admiração pelo artista britânico William Turner.
O seu estilo de vida e do espírito da sua arte, foram impactados ao conhecer a mundialmente famosa Tadahiro Ono e toma também como exemplo o poeta japonês Kenji Miyazawa. Motonori Nakamura teve seus trabalhos apreciados no seu país na cidade de Fukui e em diversos outros países: Emirados Árabes Unidos, Brasil, Portugal e França, no Salão Internacional de Arte Contemporânea do Carrousel Du Louvre a convite e representação da Empresa Vivemos Arte.
“Espero que as pessoas que olham para o meu trabalho sinta desejo que a bela paisagem permaneça inalterada e nunca desejem o desastre, a guerra e o aquecimento global que a destroem. Me sinto orgulhoso quando o meu trabalho proporciona algum impacto no coração das pessoas, na forma em que elas iniciam atividades para promover a paz mundial, a segurança e lutam contra o aquecimento global”.